eu não tenho essa cara.
a minha não é de pau,
não é de pedra.
não é dupla face.
não tenho esquema além
da mão no bolso.
que esconde, tímida,
surpresa - este imenso vazio.
e um farfalhar de dedos,
mil dedos,
ansiosos e escorregadios.
não tem mistério,
critério ou intenção.
sou feita de puro acaso,
um pouco de atraso
e sobra de atenção.
6 comentários:
A questão talvez nem seja ser ou não ser, mas tornar-se. E você filosofa na poesia e eu sigo mastigando os seus versos.Você escreve fácil e para quase tudo que deseja, encontra metáforas que são como luva.
gostei bastante!
Imagens muito nítidas!!! Uou! Filmasso!
...ainda bem!!
bj
bonito poema e mais bonita ainda a sua vida!
Estava passeando pelos blogs por aí, e achei aqui! Gostei! :) Estou seguindo! Depois dá uma passada no meu pra conhecer!
Beijos :)
fosse tão de repente que quando crê desmente.
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