Para Lígia
o corpo presente,
objeto frio,
insolente,
enrijece a ausência.
a violência de te calar a boca.
e depois do corpo vazio
(que dói chamar de corpo
porque igual a este
também eu tenho um)
depois do corpo vazio, a saudade.
que lembra da morte depois
de já ter começado a passear nas lembranças.
tropeça na morte, pedregulho.
paradoxo sem ironia.
a gente aqui nesta sala
chorando teu corpo
coberto de flores
e não há consolo comum.
em cada lágrima, um segredo.
dor intransponível.
nunca se sabe quanto
e até quando - sempre?
arde tua vida em cada um.
4 comentários:
Você sempre enche minha cabeça com novidades... Esse tua vida me deu coceira pra escrever rs
acho que sempre
Faço minhas as palavras do luka...
Não importa o "caminho" que vc adentre através das palavras
sempre é intensa e muito boa
abraço
...dramático...
bj a tristeza
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