quinta-feira, dezembro 31

Depois de ler Sidarta (desabafo)

Por que meus sentimentos não acompanham minha compreensão racional do mundo? De onde vem tamanho desacordo se tudo que penso tem o mesmo sentido? Quantos gritos a mais serão necessários para se chegar até o silêncio? Quantos anos terão que decorrer para que eu sinta no meu sangue que o tempo não existe? Quantos opostos terei que viver para realmente entender que tudo é uma coisa só? Quantos amantes para que eu sinta que o amor é mesmo um verbo intransitivo? Quantos gostos, quantas preferências, quantos repúdios, quantas palavras, quantas opiniões... para que tudo finalmente se funda? Quando acabam as perguntas? Será que terei que gastar uma vida inteira para só depois entender o que ela significa? 2009 se despede deixando uma grande interrogação. E uma leve suspeita de que enquanto houver perguntas, não haverá resposta suficiente.

4 comentários:

Marcela Bertoletti disse...

Acho que se vc soubesse todas essas respostas não haveria mais graça. São as perguntas que movem as pessoas e o bom é desvendá-las aos poucos. Uma interrogação pode ser muito interessante!
Mais uma vez, belo texto.

vanessacamposrocha disse...

se da vida eu soubesse
talvez não viveria
saberia...

sidarta te fez escrever e você me fez poetizar...

guru martins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
guru martins disse...

Blogger guru martins disse...

...quando parares
de perguntar
não quer dizer
que as perguntas acabaram
e as respostas já não existem
nem que a vida deixou de ser
nem tão pouco que o tempo
deixou de fluir
mas que algo em ti
já não mais
que o amor
a coisa
o acaso
o caso
não faz
quando tudo se fundir
fudeu!
a fenda fechou
o portal ruiu
e o diabo riu
já éra!!!
somos o resultado feliz
de um acaso bilenar
não somo a resposta
mas a pergunta que pergunta
sobre si e tudo mais
e quando parares de perguntar
ah,então volte lá pra cima...

bj

3.1.10
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