sexta-feira, agosto 27

você

veio como um ponto ínfimo,
brilhante.
tanta luz, mas de tão longe,
de tantos anos-luz,
poderia estar morto.
poderia ser a sombra
de algo que não é mais.
uma sombra ao contrário
que brilha em falso. pronto.
parece improvável próximo.
ainda assim ando
e me aproximo.
ainda assim ínfimo.
você veio. vem. vem vindo.
feito ponto entremeando brechas,
abrindo caminhos,
desavisado
por uma nova rua.
pela lama, pela alma.
por mim, seminova lua.
você, raio, preciso
descobrir o quanto antes
se teu brilho é vivo.
ou só a luz errante
de uma estrela
que já morreu.

2 comentários:

Juan Moravagine Carneiro disse...

vc sempre intensa...

esta semana estou nos Homens Hediondos

abraço

se possível apareça por lá

Sérgio Luz disse...

escrevi exatemente isso para um amigo hoje, mas que alegria: "um de seus melhores". uma mistura de medo, atração e curiosidade. tenso.