quinta-feira, julho 1

como amar o mar, amor?


o amor não afaga,
afoga. asfixia.
é um oceano despejado
gota
a gota
na cavidade oca do peito
morto de sede. que não sabia
ser esse o mal que sofria
até que num relance;
'respingo'.
e a possibilidade da plenitude
acena de um horizonte improvável.

como se um ser pudesse se libertar
de si mesmo.

amor: torneira que pinga miséria
e vicia.
a sede é sempre maior que o mar.
caixa d'água vazia.
ainda assim, a boca sorri. cheia de sal.
como se um dia pudesse chegar
a destilar o oceano inteiro.

7 comentários:

Luka disse...

quanta maldade com um mar tão calmo
rs

vanessacamposrocha disse...

quem dera pudéssemos navegar tranquilos
no mar do amor!

Juan Moravagine Carneiro disse...

Muito bom...

Belchior disse...

Ué...
Isso não é uma música do Fagner?
Plágio? \o/
:/

Menina moça, fiz uma música que pode te inspirar, chama "Divina Comédia":

"Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol
Quando você entrou em mim como um Sol no quintal
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou ser feliz direito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou viver satisfeito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que uma transa sensual
Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos direi no entanto:
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto"

Luanne Araujo disse...

música do Fagner? rs, acho que não.

Ricardo Elia disse...

a sede é sempre maior que o mar, a sede é sempre maior que o mar.

guru martins disse...

...maneiro!!

bj