domingo, junho 13

Respeito aquilo que se oculta


Tem esta imagem que me choca, arrebentar uma tartaruga, meter os dedos nos buracos, romper o casco, noutro dia, sonhei que cavava uma cova e no fundo jazia uma tartaruga apodrecida, a Marta, tartaruga que vivia aqui em casa, depois de velha foi morar em outro lugar, eu tinha um temor secreto de encontrá-la morta no jardim, dentro daquele casco impenetrável, a armadura, ela morta, não importa o quão duro fosse, o casco impenetrável, ela morta, a morte perene, nunca, jamais como sopa de tartaruga, coisa mais canibalesca.


3 comentários:

Luka disse...

Adorei! Principalmente o canibalismo com a tartaruga.

guru martins disse...

...também
acho, tuchê!

bj

Juan Moravagine Carneiro disse...

Belo escrito...