terça-feira, abril 13


Em noites como esta,
o infinito corre por mim
feito ventania. Eu sou
transponível.

Melhor;

talvez eu mesma me transponha.
E tudo que me tange, tanjo eu.
Com a agulha da mente afiada,
costuro paisagens na linha do tempo.

Pinto e transbordo.
Desejo de estar no mundo inteiro.

6 comentários:

leticia sayuri * disse...

ah esse desejo de estar no mundo inteiro, às vezes, me consome

Anônimo disse...

eu entrei numa vontade de compreender o motivo pelo qual você chama seu blog de a "vida". o motivo das aspas e da palavra que quer dizer tanto e se esgota por ser tão vaga. penso que você não daria ponto sem nó, por isso não canso de imaginar.
E desejo de estar no mundo inteiro é desejo de estar em lugar nenhum, é suicida, desejo não ser.

Sueli Maia (Mai) disse...

O infinito e o sempiterno, sem começo ou fim. A fluidez se insurgiu em ar e água, Luanne.
O que transborda é emoção.

Ricardo Elia disse...

Essas noites em que tudo pára e só o que se move é o nosso interior... dá pra ouvir o grave do coração batendo e o agudo do sangue correndo nas veias

vanessacamposrocha disse...

que lindo e intenso! Sabe que escrever significa costurar?
um beijo

Sueli Maia (Mai) disse...

Reli o teu texto e a palavra que me ocorre hoje é:
transcender, Luanne.
bjo, bom final de semana.