quarta-feira, fevereiro 7


não me olhes assim pois


não sei saber o amor. 

prevejo o indigesto
e, bêbada, me derramo inteira. 
ergo a avidez;
bandeira de terra emigrada. 
me rendo ao inimigo
avisando dos meus desvios. 
eu, que peco pelo excesso de verbo, 
ajoelho em solo árido,
sucumbindo lentamente
ao conforto triste da batalha perdida. 
terra natal de tantas mortes, 
assombrada por espíritos 
que jamais tiveram corpos, 
retorno ao teu seio seco. 
destruo a fonte no grito.

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