domingo, março 13

Esquisito


Esquisito, palavra perigosa. Esconde atrás de si represa de medos. Amálgama de diferenciações, meio escudo que fere.

Olho minha casa, talvez eu tenha um gosto meu. Mas pressinto que se houvesse um álbum de fotografias com todas as casas que habitei, seriam todas elas parte desta equação. A que resulta nestes tapetes, nas almofadas, na cor da parede. Estão até as que não estão aqui; lampejos de caminhos que decidi não tomar. Tudo que já vislumbrei, está aqui. O que não está, o esquisito, não deixa de ser presente, por essa ausência determinada, muito bem escolhida, existindo no seu oposto.

Acho que finalmente entendo as máscaras africanas.