quarta-feira, janeiro 11

sismo


se eu pudesse
romper o aquário deste olhar de vidro
me banhar na água
que carregam seus olhos

que você me inunde

com este brilho triste
de estrela morrendo
me apalpe pálido
nu
e ameaçando em meus seios
a represa trépida
entre nossos contornos
me jorre de mim