domingo, setembro 26

domingo


é uma tentativa de superar a imaginação.

fico.

tentando encontrar o fio que conduziria tudo.

onde fica esse fino galho na beira do abismo

ao qual a gente se prende.

e o galho, a gente, ar-rebentar. nascer no ar.

é um fim mas é um começo.



sábado, setembro 4


vida
escondida nos vincos
destes traços refletidos no espelho.
quebrada em tantas partes
que me vejo
corrompida de pedaços alheios.
copiados descaradamente.
sem pudor,
sem critério,
sem escolha própria.
quanto a mim,
desapropriada de ser,
me resta este abstrato eu.
um brinde! nada mais jovem
do que esta cara
de quem nunca nasceu.